7.06.2005

Parece que nada acontece...

Mas acontece tanta coisa ultimamente... Deixei de viver como vivia. Não tenho mais tempo para falar do que vivo (mas hoje tentei fazer uma esforço). Preciso de encontrar dias de reencontros para ultrapassar estes desencontros. Tenho pequenas, grandes angústias e acontecimentos que me fazerm feliz de todas as dimensões. O problema é apenas encontrar aqueles que preciso de ver e que não vejo. O problema é sentir que estou em casa e não pensar em partir. Escrever um livro de tributos aos mortos que conheci, como pinto uma tela e portanto, sem pensar em mais nada a não ser no que sinto. Pagar com ideias e sofrimento o peso de um amor impossível e de uma grande amizade limitada pelos valores em que acredito. Paga esse teu desejo com a tortura de partir sem saber se sais ou chegas a casa. Paga todo o prazer e cada oportunidade que te dão com a sensação de que o sentimento é areia que se escapa por entre os dedos de quem tenta agarrar a vida. Congratula-te com as amizades fortes que tens independentemente de teres tempo para ver essa malta que conta tanto na tua forma de estar. Aceita o facto de que nem sempre a angústia nos faz mal, porque normalmente nos ensina mais sobre o que queremos viver do que qualquer livro que andas a ler. Carrega-te para o outro lado do espelho...

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