7.16.2005

Eu e Tu

Quando sentimos essa dormência que nos rodeia o cérebro estamos a inibir-nos através dos receptores de adenida, de ácidos butíricos ou de endo-canabinoides? Aba ou Maba. E siglas que nos acarinham uma passado quase scientífico que se manifesta na forma de amor. Dores que se gritam quando reconhecemos alguém que como nós atinge alguém com uma bala perfurante e foge. Alguém que sabe que a música alimenta mas não liberta. Não é pelo som que me uno aos meus amigos. Não é com intrumentos que faço amigos. Porque nada para lá da fogueira da figura pintada e esculpida engloba mais do que a dor que sinto. Nada me faz esquecer a barba que cresce e que não faço e o cabelo que cai e que não cresce. Estou feliz só por não me ter destruido até este dia magnífico que não me vai esquecer. Loiras boas falam para mim na televisão e tentam seduzir-me mas nada ultrapassa a presença dessa miuda que amo como nenhuma outra. Que se senta ao meu lado no sofá em tom de prazer proibido. O pecado de saber que uma festinha é mais infiel do que qualquer palavra de amor. Os meus poemas vão surgir mas preciso de saber que as pessoas comentam sem me assutar. Sem dizer que pertencem à minha familia ou que são minhas amigas.

Eu eu Eu Eu
Eu Eu Eu
Eu eu Eu Eu
Eu Eu Eu
Eu eu Eu Eu

Tu tu tu tu tu tu
Tu tu tu
Tu tu tu
Tu tu tu

No comments: