Há coisa que somos antes de sabermos que somos. No meu caso isso tem a ver com tinta, tela, madeira, metal, papel, cor, composição, cartão, esferovite, plástico, significados inerentes à existência de um objecto e a sua recontextualização. O usofruto de uma instalação é sempre do seu observador mas o uso que se faz de cada existência como se de uma palavra se tratasse é um prazer restrito a umas elites que acreditam em coisas e coisismos densos demais para flutuar nos canais de Veneza que acabei por não ir revisitar. Precisava de sentir-me perto de alguns mortos. Precisava de cortar a raiz à saudade.
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