2.27.2005


Skater in the Custard Factory Posted by Hello

Library Posted by Hello

Adoro endorfinas....

Sem conseguir pensar muito sobre as consequências dos meus actos, resolvo-me a nadar para longe. Encontro movimentos e intensões. Defino a qualidade do fim da cada coisa como o que realmente conta na crispação de um poema a que chamamos vida.

No reboliço dos pensamentos inacabados o corpo pede e chora por desafios. Dei-lhe um bocadinho de tudo: flexibilidade, resistência, força, velocidade e tonificação muscular. As imagens das minhas fibras de actina e miosina a voltarem a usar todo o seu potencial concretizam-se no meu cérebro. O calcio a entrar nas vesiculas para permitir o relaxamento das miofibrilas. As vias metabólicas anaeróbias voltam a ser activadas e os metabolitos oxidantes abundam dentro de cada célula. As reservas de glicogénio são usadas da melhor maneira. Revolvem-se os quimicos no ciclo de Krebs e soltam-se electrões na minha cadeia de transporte mitocondial para formar água. As vesiculas de trasnporte abundam numa imaginação que brinca com os camihos do meu passado.

Rodopiam os citoesqueletos e são sintetizadas novas enzimas. Os meus genes são relidos de acordo com as minhas acções e com uma coisa tão simples como suar arduamente durante uma hora consigo mudar-me em todos os sentido. Hoje o corpo pede o mesmo. Pede uma calma que só se alcança com actividade. Um silência que vem depois do ruido. Como é que será o olho de fénix? Vou aprender quarta feira.

Saudade

http://www.answers.com/topic/saudade - Ana had this link in ther blog.

Saudade

«[Port] yearning or longing, but more than that...

A Portuguese word considered untranslatable.

In Brazilian Portuguese, this word serves to describe the feeling of missing someone (or something) you´re fond of. For instance, the sentence "Eu sinto muitas saudades de você" (I feel too much "saudade" of you) directly translates into "I miss you too much".

Some specialists say that such word has come to life during the Discoveries, giving meaning to the sadness felt by those who departed in journeys to the unknown sea. Those who stayed behind - mostly wives and children - deeply suffered with their absence, and such state has almost become a "portuguese way of life": the constant feeling of absence, the sadness of something that's missing. Few other languages in the world have a word with such meaning, making Saudade a indistinguishable mark of the Portuguese culture. it is, for example, the title of one of most famous songs of Cesária Évora, in which she sings about the she feels about her home, and also the French singer Etienne Daho has a song named Saudade.»


I would just say: "I'm full of saudades."

Female laboratory (I)

I used to hate clothes. Hated everything they stand for. Consumerism. Status. Surface with no depth. Money. Normal lives. Discos. Jobs. Ceremonies. Rituals. Religion. Attracting girls for the wrong reasons. Showing off. Social economical and cultural labelling. Absence of originality. Faking personality. Easing the pain that makes us better people...
But I've changed. I questioned my attitude. Wondering for the motivation of my hate I understood it was a defence. Hate is almost always based on fear. A shield that helped me standing away from structures and events I couldn't deal with. After understanding this I've just decided to be careful about all the junkie clothes I have and only use them to paint and work in my sculptures. Just to try my theory out, I used a few black normal clothes. Girls actually started talking to me on the streets out of nowhere:
-Hey sexy... - I heard from a half closed window.
-Hi handsome!" - a couple of them said.
Sluts... I never imagined a jumper and some trousers were that important for them. I haven't changed my attitude because even if they like me it doesn't mean I like the reasons why they start talking to me. Image making is an interesting activity but on canvas, photography, sculpture, print, etching, drawing... Do you think I should do the same with my body and clothes? I think I'll just let myself be. Whatever happens, happens.

2.25.2005


Digital paint Posted by Hello

Leituras sobre leituras - Overlaping books Posted by Hello

One frame for the exhibition... Posted by Hello

Photos on my bedroom wall... Posted by Hello

2.23.2005


Don't miss this one... Just a perfect day. Posted by Hello

Remember your footsteps... Posted by Hello

Washed... Posted by Hello

I remember my dad's office objects... the documents preserve a trace of my memory. Posted by Hello

Manif - Demonstration in Coventry's city council just to make sure there is funding to improve Herbert's Museum. Posted by Hello

Glass over glass over grey...  Posted by Hello

2.22.2005


Fragmented connection Posted by Hello

Amarelo torrado - texture and uncertainty is crucial to the nature of colour. Posted by Hello

2.19.2005

Efeitos do trabalho escrito

O vento passa mas as duvidas voltam sempre.
ao mesmo tempo os devios fazem de mim uma constante
Mas eu pergunto e critico-me sem sinais de abrandar
Mas porque e que me pedem para parar de perguntar?

Sinto-me profundamente diferente
Apenas atraves deste desconforto
E as vezes penso que consigo ver
Luzes no meio deste cinzento

Pela consciencia do sofrimento
Acorrento-me a um planador.
Sem qualquer explicacao plano
A dor continua mas la vou sorrindo

Sabemos de onde vem...
Mas sera que sabemos para onde vai?

2.18.2005

Um desafio para bons entendedores

Estava no meu quarto a ler e reparei numa musica - senti um velho caminho a abrir-se por entre as cidades e as serras do meu pais. Na minha terra viajei e encontrei segredos, comidas, pessoas que me fazem pensar e fui dar sem qualquer dificuldade e explicacao a um sitio transcendente: Sivozelo.

La percebi a morte. No sitio do meu acordar morreram ja dezenas de pessoas. Nao tinha chegado ainda o meu momento de deixar este mundo completamente. Nesse acordar um indigena surpreendente - que sabe tanta coisa importante - salvou-me. Chamou-me a razao. Mostrou-me os templos que apenas ele descobre. Imemorias de uma prehistoria que apenas Manuel Afonso me poderia mostrar. Foi ele que me desafiou um dia a perceber como e que se constroiem muros de pedra. Mostrou-me tambem fontes onde se pode beber com uma rede de pequenos fetos a frente da boca para nao levantar terra. Foi ele que quase me levou aos confins do seu territorio, me ensinou a cortar lenha, a amar a natureza e a perceber como e que se pode fazer parte do equilibrio das coisas e dos seres. Mostrou-me porque e que nao posso ir passear a galharda vestido com os meus calcoes vermelhos e como e que eu podia aprender a ser como ele: com o Filipe que saia comigo de amanha muito cedo para ir regar campos, por as vacas nos lameiros e apanhar ras.
Num almoco de muita gente no verao, o Manuel Afonso, chamou-me a atencao para o milagre da natureza numa garrafa onde estava uma pera muito maior do que o gargalo. Qual barquinho que se constroi para meter dentro da garrafa? Muito melhor... A pera cresceu dentro de um mundo que ditava o destino de uma agua ardente.

Foi com ele que vi tanta coisa bonita. Tantos livros. Uma colaboracao com a universidade do minho. Historias de viboras e mordeduras. Aprendi que as pessoas nobres nascem de um legado que esta para la de qualquer barreira cultural. Manuel afonso e um Buda que vive rodeado de livros, animais e serras. Tem os seus filhos longe mas preparados para enfrentar qualquer mundo. Isto e conhecimento que nao se pode perder. Viveu para uma joia rara que ele cuidou como ninguem mais poderia ter cuidado: A memoria de Sirvozelo.

E a musica que me levou a isso qual foi?
Aqui ficam alguns versos:

...orvalhadas
vira o vento e muda a sorte
...perdidos
foi-se embora o vento norte
muita neve cai na serra

SO SE LEMBRA DOS CAMINHOS VELHOS QUEM TEM SAUDADES DA TERRA

...
quem tem a candeia aceza
rabanadas poe em vinho novo
matava a fome a pobreza

...

Ja nos esqueceste a lonjura
anda a noite a aventura

SO SE LEMBRA DOS CAMINHOS VELHOS QUEM TEM SAUDADES DA TERRA

MathArt

I just wanted to ask you for your help. If you have any idea, article, video, information, book, music, feeling related to any of the topics I'm about to mention, please send me the a message to my email: furtadosantos@gmail.com
I started my research ages ago. I wanted to write a Thesis on Art and Science. Everything started with the hypercube (tesseract) (cube in R4). Then I moved into Duchamp's world. From Gertrude Stein to Poincare. Flatland. Not happy with what I found I wrote a crappy text with lots of lacks of information and personal ways to see the beginning of this century. I moved my research into the future, trying to figure out who looked at this kind of subject before. I found a wonderful book called: Visual Mind. Mobius. Topological problems. Golden section accurate information. The fourth dimension in the 20th century. I'm putting something together. I found a manifest signed by most of the artists I ever admired. I found a journal that deals exclusively with the connections between art and Science called Leonardo. In the process I found all the errors in the popular and disgraceful book: The Da Vinci Code. Hopping to have something better to give you tomorrow I feel ready to write but I have several worlds to research: Music, Painting, Mondrian, Computer graphics, art history analysis on intuition versus science. Nothing is obvious. Nothing is easy. But numbers are irrelevant for those that pursuit the beauty of the mind and the reason behind feelings. Maybe I'll write my final thesis of my BA about one very good book called: GEB (Gödel, Escher and Bach)

2.17.2005

The server is down!!!!!!!!!

This post is just to let you know that the server is down since I last posted. Because I've been ill for a while I couldn't even come to the library to let you know. As soon as the ineternet starts working I'll reactivate this blog. I hope it doesn't take more than a cople of days...

Now in POrtuguese:
Era so para explicar que nao tenho internet em casa e que tenho andado doente. Nao tem dado, por isso, sequer para vir aqui a biblioteca explicar porque e que os posts pararam. Daqui a dois dias espero que ja esteja tudo resolvido: ligacao a internet e esta especie de gripe.

See you in a couple of days... maximum!

2.12.2005


This problem was given to me in Sirvozelo. Any map (2D) can be coulored with only 4 different pencils. I tryed to make it as simple as possible but... Only para-mathematical research showed the truth giving the world a para-truth. Posted by Hello

Mind Map - I did it in 3d Studio... just to start playing around, based on Mat's contextual references diagram. Posted by Hello

2.11.2005


Avó fractal Posted by Hello

2.10.2005

Contributo do Luís

O meu amigo Luís Carlos falava comigo no mesenger e falava-me da paixão dele pelo Alemão. Uma de muitas... tem muitos sonhos que passam por caminhos dificeis como terapia de RNA e um violino que o persegue na liberdade e na necessidade. Mas continuando... ele disse-me qualquer coisa em Alemão. Era um pedaço do hino da alegria. A palavra que me interessou era um "vislumbre de deus". Fiquem então com o email que ele me mandou, porque vale mesmo a pena:

Beethoven (1770-1827)

"Consegui! Consegui! Enfim encontrei a Alegria!" Assim jubiloso, Beethoven
acolheu em seus aposentos o seu secretário, um fa tutto chamado Schindler.
Imediatamente sentou-se ao piano e dedilhou-lhe a façanha. Encontrara afinal
a solução, busca há anos, que permitira-lhe musicar os difíceis versos da An
die Freude (Ode a Alegria) de Schiller. Depois de 32 anos de hesitações, de
idas e vindas, de prostrações, deu então por acabada a IX Sinfonia. Quando
moço ainda em Bonn, Ludwig van Beethoven comoveu-se com o conteúdo do poema
ao lê- lo em 1792, impressionando-se para sempre com a maravilhosa exaltação
à fraternidade humana dos versos de Schiller.

Kärntnertor Theatre de Viena, onde se estreou a IX Sinfonia a 7 de maio de
1824


O sucesso artístico e a retumbância internacional das suas composições de
Beethoven, convenceu-o de que também ele fazia parte de uma nobreza, a
nobreza dos talentos, tão exaltada pela Revolução de 1789. O que Napoleão
conseguira comandando o exército francês, ele alcançara com as sinfônicas e
com a batuta de maestro.



A liberdade conduzindo o povo, de Delacroix


"Eu também sou um rei", respondeu Beethoven certa vez cheio de si a um
soberano alemão. Deu-se a frequentar os grandes como um seu igual e não como
um servidor, como Haydn e Mozart o fizeram antes dele. O estipêndio que
recebia dos aristocratas, sabe-se, nunca afogou o republicanismo de rapaz
pobre, filho do mestre da capela de Bönn, que acreditava na fraternidade
humana.


Casa de Beethoven (Heiligestadt, 1824)

Retirado para um lugarejo próximo a Viena chamado Heiligestadt, onde morava
já há alguns anos (foi lá que Beethoven, num momento de depressão, redigiu
seu testamento em 1802), Beethoven concluiu a sua obra-prima em fevereiro de
1824. A IX Sinfonia revelou-se extraordinária. Dotara-a de uma tal
retumbância heróica que só ele até então conseguira dar à música alemã. O
público, desde a primeira audiência, ocorrida no Kärntnertor Theatre de
Viena em 7 de maio de 1824, maravilhou-se! O passado, o tumulto
revolucionário, aflora em vários momentos ao longo da execução, mas sua
beleza deve-se ao seu carisma. É uma apologia aos tempos futuros, à morada
do Elísio, ao devir, quando então seremos um mundo só!


Schiller (1759-1805)


1 O, Freunde, nicht diese Töne!
2 Sondern laß uns angenehmere
3 anstimmen, und freudenvollere.

4 Freude, schöner Götterfunken
5 Tochter aus Elysium.
6 Wir betreten freuertrunken,
7 Himmlische, dein Heiligtum!
8 Deine Zauber binden wieder,
9 Was die Mode streng geteilt;
10 Alle Menschen werden Brüder,
11 Wo dein sanfter Flügel weilt.

12 Wem der große Wurf gelungen,
13 Eines Freundes Freund zu sein,
14 Wer ein holdes Weib errungen,
15 Mische seinen Jubel ein!
16 Ja, wer auch nur eine Seele
17 Sein nennt auf dem Erdenrund!
18 Und wer's nie gekonnt, der stehle
19 Weinend sich aus diesem Bund!

20 Freude trinken alle Wesen
21 An den Brüsten der Natur;
22 Alle Guten, alle Bösen
23 Folgen ihrer Rosenspur.
24 Küße gab sie uns und Reben,
25 Einen Freund, geprüft im Tod;
26 Wollust war dem Wurm gegeben,
27 Und der Cherub steht vor Gott.

28 Froh, wie seine Sonnen fliegen
29 Durch des Himmels prächt'gen Plan,
30 Laufet, Brüder, eure Bahn,
31 Freudig, wie ein Held zum Siegen.

32 Seid umschlungen, Millionen!
33 Diesen Kuß der ganzen Welt!
34 Brüder über'm Sternenzelt
35 Muß ein lieber Vater wohnen.
36 Ihr stüzt nieder, Millionen?
37 Ahnest du den Schöpfer, Welt?
38 Such' ihn über'm Sternenzelt!
39 Über Sternen muß er wohnen.


O, Friends, no more of these sad tones! Let us rather raise our voices
together in more pleasant and joyful tones!
Joy, thou shining spark of God! Daughter of Elysium! With firey rapture,
Goddess, we approach thy shrine. Your magic reunites those whom stern custom
has parted; all men will become brothers under your protective wing.
Let the man who has had the fortune to be a helper to his friend, and the
man who has won a noble woman, join in our chorus of jubilation! Yes, even
if he holds but one soul as his own in all the world! But let the man who
knows nothing of this steal away alone in sorrow.
All the world's creatures draw draughts of joy from Nature; both the just
and the unjust follow in her gentle footsteps. She gave us kisses and wine
and a friend loyal unto death; she gave the joy of life to the lowliest, and
to the angels who dwell with God.
Joyous, as His suns speed through the glorious order of Heaven, hasten,
brothers, on your way, exultant as a knight victorious.
Be embraced, all ye Millions! With a kiss for all the world! Brothers,
beyond the stars surely dwells a loving Father. Do you kneel before Him, o
Millions? Do you feel the Creator's presence? Seek Him beyond the stars! He
must dwell beyond the stars.

Enviado pelo Luís Carlos Santos há uns dias atrás.
(um grande amigo, aluno do conservatório de Lisboa e do Técnico)

O silêncio

John Cage dizia que o silêncio é impossivel. Quando se fechou numa câmara aneicoica (isolada de qualquer som) ouviu o seu coração e a sua própria respiração. Concluindo que qualquer experiência de silêncio é impossivel para um ser vivo e de boa saude. Estava errado. Esqueceu-se que existem pessoas surdas que são forçadas a viver nessas condições permanentemente.

De qualquer maneira todos nós sentimos e achamos que sabemos o que é o silêncio.As implicações são obvias. todos nós na nossa vivência temos experiências em que o ar que nos rodeia está mais "parado" e a esses momentos chamamos silêncio. Há sempre ruido mas a nossa experiência anterior pode dar-nos a falta de sensibilidade necessária para vivermos aquele desligar da musica, uma noite muito parada ou aqueles intantes antes de uma ataque num filme de terror como silêncio absoluto.

Mas sim talvez ele tenha razão e o silêncio passe a ser uma experiência impossivel até para as pessoas que não ouvem. toda esta tecnologia... esta amplificação do sinal... Estas lentes que a ciência anda a pôr nos sentidos das pessoas... qualquer dia dão num resultado qualquer desse género.

Nota: Ninguém nunca viu uma esfera e no entanto todos temos essa imagem na cabeça. Não é por nascermos com a ideia implantada à nascença. Não é porque temos formas de conhecimento "à priori" que nos levam a ter essa eperiência aparentemente comum. Isso é simplesmente a capacidade de extensão da mente. É a imaginação´- Capacidade para levar ao extremo qualquer fenómeno que vivemos parcialmente no nosso dia a dia.

2.09.2005


the mexican: Hey gringo! Posted by Hello

O boi, cavalo, astronauta de Sintra. Posted by Hello

Coversa

agora só me falta sonhar mais ainda
gritar saltar
e voar para onde bem me apetecer

acho que fui bem verdadeiro no que disse
porque mandei para lá uma amalgama de palavras

não vou mentir e dizer que estou igual
não fico feliz mas percebo a natureza
percebo os caminhos da necessidade

hoje não vou encher o mundo de palavras
mas isto foi mesmo um dia de viragem
que já prometia a mim a mesmo há muito tempo
aprendi coisas pensadas...

nem me tinha lembrado
tenho tanta coisa a acontecer
e tão pouca coisa que consigo passar para palavras
cá por mim vou fazendo um grande esforço
mas duvido...
e continuo aqui longe

fico feliz quando penso
que o que faço não vai fazer mal a ninguém.
vou é atirar-me para a cama e sonhar muito

pode ser que encontre lá alguém
que me diga coisas importantes
como ontem, que sonhei
que me diziam que eu não me deixo amar
e me viravam a cara enquanto me dava
mas tudo isso tem uma explicação

uma longa e complexa explicação
como tudo na minha vida:
apaixonei-me
e é tão forte
que só me resta esperar
esperar muito


acho que o melhor é atirar letras
e lançar-me ao mundo
pode ser que até lá, me vá encontrando
acho que nunca vou ter direito a ser feliz
que afinal é só pedir para partilhar tudo
com uma pessoa que eu ame
é só o que já peço
porque os sonhos partilhados
são milhões de vezes melhores

reservo-me esse espaço para ser pessimista
pelo menos só posso ter surprezas boas
Não falei
mas sei
que não vou ter essa liberdade

chega de pensar
e no meio deste mundo de meios vou perdendo tempo para amar... e adormeço...



pronto

vai ser fácil

lindo

espectacular

vou lá e ela vai cair-me nos braços

beijar-me

vai decidir vir comigo

libertar-se de tudo e partilhar os sonhos todos comigo

vamos amar-nos

intensamente

construir novos sonhos juntos

acabo e arranjo-me para ensinar

fazemos uma festa para unir sonhos

lançamos 3 sementes

amamos e viajamos

ajudamos o mundo a ser um sítio melhor

criamos uma atmosfera de amor

vivemos em Portugal junto ao mar

e jogamos na praia de Abril a Outubro

acendemos fogueiras lá no norte

conversamos

fazemos festas quentes cheias de vinhos e comidas deliciosas

abrimos portas para mais pessoas amarem e serem felizes

damos presentes ao mundo que nos criou

e com faiscas quando nos tocamos até ao último dia em que vivemos

comemos um pastel doce nas oliveiras

damos um abraço a olhar o tejo

e morremos num nirvana de amor e entrega

numa esperança de que toda a nossa vida se repita

para podermos ser novamente a onda de lágrimas felizes na cara dos outros

que nos tocaram e amaram como nós a eles

Plantamos

escrevos

pintamos

ajudamos a perseguir sonhos

somos apenas

naturais

amantes de um estilo que a vida tem

para se enrolar nas delícias de um sentimento inexplicável...

Acordo com o despertador e corro para não chegar atrasado.

O meu Tio Alberto

Quando era pequenino li um livro que adorei: o tempo e o espaço do Tio Alberto. Era uma pequena aventura de uma sobrinha que ia pensar e sonhar com o seu tio para fazer um trablho de ciências. O tio dela era o famoso E=MC2. Ele tinha uma bolha pensante. Lembro-me que ele lhe ofereceu um relógio e que pensavam muito sobre o tempo. Usavam naves espaciais e cometas para se divertirem... bem, um espectáculo muito parecido com o que eu e a minha Tia Céu montavamos no cantinho dos sobrinhos com o Galileu Darwin, dominós, burros, lobos e leões...

MAs eu queria falar era do meu querido Tio Alberto. Ele morreu ontem com 94 anos, muito calmo, nunca bebeu um café, nunca fumou um cigarro e nunca gritou que eu visse. Nunca deixou de adormecer e ressonar nas mais variadas situações. Adorava os fados de Coimbra. Adorava o passado. Viveu o século vinte todo. Adorava a mulher com quem viveu quase toda a sua vida. Eu quando era muito pequenino uma vez dei-lhe eum apalmada na careca. Nunca me levou nada a mal. Bebia o seu vinho às refeições e quando comiamos alguma iguaria falava sempre dos cozinhados da mãe dele. E que delicia deviam ser, para ele não deixar escapar uma oportunidade para os elogiar. Foi ele que me explicou a expressão "não vale a pena". Enquanto almoçavamos na sala de jantar de chão de couce alguém dizia que alguma coisa "não valia a pena de uma galinha"... "Ou a pena jurídica" disse o meu tio com um passado de leis partilhado com o meu avô António. Foi ele que tentou estar lá para todos como um pai que sempre quiz ser. Uma pessoa que andava muito todos os dias da sua vida. Um homem budista que contava os passos que dava. Um homem que sempre lutou disciplinadamente contra as moscas do Verão de chão de couce enquanto dormia. Um homem que se habituou e amou a acordar com a palavra: "Alberto!" da minha Tia Titi. Teve-nos a todos como filhos e não sofreu. Isso dá-me paz. Sempre numa luta para pôr as suas gotas... Foi o meu tio que partilhou tardes no banco verde do jardim a apanhar sol enquanto eu conversava com o meu avô António e a minha avó e a Titi arranjavam as unhas sempre impecáveis e brilhantes. Sempre esteve presente em todos os Natais para dizer que os sonhos estavam melhores os ano passado mas sempre pronto a comer mais do que um ou dois. Um homem que escreveu poesia que nos lia quando o visitavamos. Roer palavras e picardias irónicas sempre foi da sua especialidade. Tinha os seus fantasmas como todos nós. Um homem que amou a tristeza tanto quanto o amor de uma vida. Um homem que esteve sempre lá para nos fazer pensar. Um homem com a sua bolha pensante, que oferecia momentos e presenças na memória daqueles que sempre foram os seus filhos.

Ideias para trabalhar

O que é que no meu trabalho não é ideia?
Mergulho dentro do que faço e penso para tentar descobrir as palavras que já dominaram a minha vida. Foram várias as que me percorreram o corpo. Más e boas, são todas palavras que já não se prendem a estes quarks rodopiantes que vou sendo.

Primeiro fui palavra e amor. Depois caminho. Razão. Ler. Visual. Disciplinas de tempos que me construiram. Prazeres inocentes. Partilha. Concentração. Foco. Controlo. Verdade. Perfeição. Intelecto. Teoria. Ciclo. Escudos. Morte. Perda. Angústia. Depressão. Ciência. Escrever.

Depois vieram os momentos de revolta: psicologia, análise, meditação, paixão, redescoberta, emoção, pintar, falar, chorar, luta, força, acidentes, persistência, prazeres não inocentes, dar, divergência, visão, periférico, viajar, relatividade, probabilidade, liberdade, errar, imperfeição benéfica, entrega, caos, sentimentos, arbitrário, acção, practica, prescindir, conquista, momentos, felicidade, arte e viver.

Hoje o que vou criando é tanto sobre o que já fui como que vou sendo e tentando ser. É sobre o que já vi de pior e de melhor. Sobre o vazio profundo, o silêncio e a impossibilidade de nos colocarmos na pele daqueloutro. E também sobre a vontade de encontrar, de ver pensando, de dar recebendo e de sonhar fazendo.

Será que no futuro vou escolher a ciência para povoar as palavras que acompanham o que me sai das mãos? Ou será mais a distância? O entretanto? Onde quer que vá sinto que preencho frestas que não são nem só visuais, nem conceptuais. Sinto-me a melhorar por conhecer situações diversas que vão da filosofia permanente que me apaixona, às prendas que se podem dar envoltas em fita magnética que só gravou silêncio. A cima de tudo é força de criar fazendo. As minha caixas não se abrem a quem as vê. Fecham-se para criarem vontade. Pulsão. Acho que hoje sou muito isso: Impulsão. Mas falta-me tanta coisa para vibrar na frequência que quero. Quero ser uma onda de altos sem baixos. Uma curva suave ascendente que não pretende ser exponencial mas que foge acima de muitas rectas. Gostava tanto de ser uma curva livre de grelhas. Um desenho que se vai criando na intimidade que nos semeiam quando nos põem ao colo para pegar na caneta sem sequer se dar por isso.

2.06.2005


the font changed... a bit Posted by Hello

2.05.2005



João Reis power point presentation for Lisbon Med. School. The perfect place to show these photos!
Esta apresentação na faculdade de Medicina de Lisboa deve ter sido excelente. Não duvido nem por um segundo da qualidade científica do conteúdo mas acho tão poético estas imagens estarem a passar uma mensagem política tão forte... é o que se chama lixar o sistema por dentro. O ataque tem de vir lá do meio. As imagens têm de ser vistas por pessoas de lá. Obrigado João, por mostrares estas imagens onde elas têm de ser vistas e pensadas. My name is in there. :) He also told me about all the reactions. Students expressed amusement and tutors wondered... Leonel and João gave the answers.
 Posted by Hello

2.03.2005

Sometimes...

In a flux to the outside world my words can be sweet and they can be bitter. They can build and they can destroy. These things we put together are not just letters after all. They give you friends and they kill them too. These things can make you stop loving someone or someone stop loving you. Images don’t kill. Images always give life. I never lost a friend because of an image but I’m sure I lost a few because of words. I shouldn’t write. I should give the world ideas using the other media. I’m still learning about me. Learning how to be myself without attacking someone with no limits. When people are mean to me I really hate them (but only for a few hours)... If I’m stupid enough to write to them during that phase everything goes down the drain. I become a monster that slaughters with no mercy. A true Samurai of the word. I don’t care what happens to me but the opponent goes down. I killed the first girl I ever loved like that. I also lost a couple of friends… And now I know friendship never comes back. Because it’s “just like a rope, once you cut it you’ll always feel the knot”. I wish everyone could see what I see right now. It’s beautiful but it isn’t peaceful. It’s about friends and the way they go away. Go away if you have no friends because you have nothing to lose. If you have them leave anyway. Learn which love you because of who you are and those that love your presence and the things you do with them.
This also works fine with girls. If a girl loves you she will love you more when you are away. And when you come back she will show everything she felt meanwhile. When she doesn’t… It’s too bad to write about it. Run away from me. Run. Never question when to leave. Life is leaving all the time. Leave with it. Live with it. Kill my hate with the end of your friendship when the end comes. Thanks for remembering. Error is a big part of me. Void. Just void. People are missing. People go away. I understand them. I’m making them go away. But most of them believe in me when I’m with them. The other rotten in the shadow of pride and lost memories but they are inside me. They still talk to me. They remember me. I still love them all.

“The end is important in all things.”
– someone said to me while thinking about the Samurai

To: S.G., H.G., H.A., S.C., I.P.

2.02.2005


João Reis. He sent me this photo showing his ideals... Posted by Hello

2.01.2005


Rolf's first ideas about IR activation and motor control... Posted by Hello

Rolf's sketch for my interactive sculpture's electronics Posted by Hello

Some people cage the people like me. But is it so difficult to understand that some of us are different? Some of us love freedom. Some fly. Some float. Some love. In this cage of memories I remembered my first question: Are dreamers dreams? Posted by Hello