3.04.2005

Numa sensação de perda quase constante - continuação da saudade

Apesar de não haver nada que me tenha corrido mal
e de só ter razões para rir com o que me acontece
Continuo a viver uma vida de questões
Penduradas a vontades e dúvidas profundas

Revolto-me comigo mesmo
Rasgo todas as capas
Risco o que escrevo
Revelo o que sou ao meu trabalho

Deixei tanta coisa aí atrás...
Quero voltar lá para ficar
E voltar a saber como é bom partilhar

Ficaram as memórias de um que agora se exalta consigo mesmo
E as feridas sem sangue na sensação de que me vou cortar outra vez.

Sempre a reviver este sonho de impossibilidades
Arreganho o dente à vida e pergunto se é assim que ela me quer
Perigosamente alerta e assumidamente à procura de problemas
Daqueles que nos afectam os sentimentos e nos fazem chorar.

Sempre o mesmo
às vezes pareço estar um bocadinho ao lado
Mas afinal continuo aqui
a respirar um bocadinho do ar que já me entrou no corpo

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