1.14.2005

Ways to do it - Unknown (before 2002)

Não quero cair no erro de tentar alertar os outros. Não quero desejar nada. Se eu não desejar como é que me posso desiludir? Mas eu não resisto. Logo à partida tenho mulheres fantásticas que me aliciam e seduzem. Espero ficar com a única que interessa. Acho que já topei qual é... Depois tenho artes que me distroiem a rotina como o branco da tela e da folha prontos a serem pintados e escritos... quebram as normas do estar social. O desafio da victória também me acompanha e implica uma melhoria constante do que sou. Falta-me vencer o medo do rigor da ciência que tem ficado para trás. Tenho de encarar o facto de ser como sou com naturalidade. Procurar mudar mas não dar em doido com isso. O que tenho mudado tem sido subtil e espero que continue assim. O dia do rasgão chegará. Sinto que está perto. Não será morte, apenas um renascimento interno. Quando não se percebe o que está errado e pretendemos morrer desistindo e penalizando os que cá ficam, não nos apercebemos de uma verdade: o que de facto pretendemos é renascer e para isso acho muito arriscado morrer. É melhor faze-lo em vida. Mudar a raiz do pensamento para o ar doce e quente em vez da terra ou quem sabe fazer do céu o nosso chão e do solo o nosso tecto... A grande arma tem de ser então o bom sentir do pulsar da vida. À parte disto só me resta dizer que conhecimento, cursos, mestrados e pós graduações não fazem de nós nada. Isso só acontece se acreditarmos que sim. Mas será que é bom depender disso? Eu não quero. Quero valer aos olhos do outro como o nada vale aos meus. Ser simplesmente e com isso conseguir viver. Vou inventar outra coisa que não um tratamento, ou salvar uma vida como sempre sonhei.... Não vou mudar o pensamento dos outros como tentei até hoje. Os outros são diversos como eu. Vou criar a vontade de criar neles. É isso que realmente desejo.

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