Não sei o que é voltar
Dizem que voltei...
mas eu sei que:
Parti tudo
Parti de tudo
Parti sem olhar para trás
Sempre com uma esperança entranhada
Nos poderes mais subtis
Parti jarros
voltei a partir
Parti a voltar
Senti o cheiro de quem cresceu
e as delícias de quem é livre
Mas ainda assim parti coisas
E esqueci-me de corações
voltei atrás e pisei o que restava
Parti
voltei
e...
Não sei onde é que me perdi.
6.29.2006
6.22.2006
Problemas que não sei o que são
As pessoas começam a preocupar-me...
Não há uma perspectiva sentida
Não há vontade de descobrir nada
Anda tudo na pasmaceira
num turpor irritante que corrompe
Confunde-se anestesia com prazer
E revoltam-se multidões novamente
que nunca chegam a gritar na rua
Fazem-se greves em vez de sonhos
Grito, abraço, magouo-me, amo e volto a cair
Penso em todos os amigos que perdi
relembro tudo com tanto detalhe
que me apercebo que a frustração
é produto das memórias que tenho
Falta-me aprender a esquecer.
Sinceramente acho que nunca vou conseguir...
Não há uma perspectiva sentida
Não há vontade de descobrir nada
Anda tudo na pasmaceira
num turpor irritante que corrompe
Confunde-se anestesia com prazer
E revoltam-se multidões novamente
que nunca chegam a gritar na rua
Fazem-se greves em vez de sonhos
Grito, abraço, magouo-me, amo e volto a cair
Penso em todos os amigos que perdi
relembro tudo com tanto detalhe
que me apercebo que a frustração
é produto das memórias que tenho
Falta-me aprender a esquecer.
Sinceramente acho que nunca vou conseguir...
6.21.2006
(Para ser lido de um fôlego com o mínimo de paragens para respirar – se possivel mais rápido que um rap)
Chegou o momento de começar a escrever
Arriscar-me até no que sou pior
Relembrar as pessoas dos poderes ocultos
De uma mente e de uma língua
Perdem-se sonhos e explicações
Não percebemos a trama do papel
Mas é preciso reciclar as dores do presente
Para que não morra tudo o que é dito
Diz-se tanta merda neste mundo e escreve-se tão pouco
É incrivel que não se revoltem multidões
Em vez disso reaparecem surtos de consciência
Quando a dor social já se tornou incomportavel
Mas reequilibram-se as coisas com novas experiências
Deixamos os radicalismos de uma adolescência
Os extremos baseados numa história recente
Numa imaturidade imensa de um dos países mais antigos
Recobrem-se feridas com lama e rebola-se na relva
Infectam coisas que nos repugnam e lutamos para mudar tudo
Quando subitamente percebemos qual é a receita para mutar
Genes e atitudes que nasceram antes de nós
6.11.2006
Subscribe to:
Posts (Atom)