11.30.2006


Study Proposal

Focussed on nostalgia of both post-modernism and modernism I aim to produce a series of installations based on the notion of intellectual legacy. The definition of this intellectuality is necessarily an opposition to both technically and conceptually specialized creativity. However I can try to define my goals for this year to be as theoretical as they are practical. I am not exclusively interested in the obvious historical contextualization of my work through specific movements such as minimalism, art&language or even contemporary artists such as Keith Tyson or Keith Sonier. I am more interested in the interaction of the act of writing and the studio activity. My priority is to get input from philosophers who transformed the contemporary paradigm (such as Wittgenstein, Benjamin, Heidegger, Derrida and even Deleuze). I do not specially want to refine a method of work either. What I desire is to establish installation as the media I use to rethink the editing and validation processes that interfere in the production, post-production and even “observation” of the exhibited object.
The city I’ve been immersed in is becoming a strong impulse to transform “poison into medicine” and in that sense make work out of waste, install photographic slide shows by recycling visual pollution and repeat mistakes or banal ideas until the scale changes their nature. Mixed with this positive action I also enjoy using low tech media to expose paradoxes or unexpected intensities that enhance the crucial importance of technology.
The reason why I chose this media has to do with its exclusive flexibility and capacity to integrate any manifestation of either language or studio findings.
What I believe I need to improve during the next year are both the editing and language skills related to my work. By editing I mean the selection of projects, consideration of their presentation or curational alternatives and finally investigation strategies which will lead to a deeper theoretical dialogue. Through the exploration and exploitation of each specific project I will try to develop a vocabulary that will hopefully allow me to write and talk about each work without corrupting what it might signify.
What I believe is the linking thread of my work is not just the media and method I use but also the interaction I always develop with architecture (through site specific and site adapted projects) and certain areas of visual culture which are degraded and that I frequently use as a resource. Another major goal in each project is to develop a layered object, working in several interpretation and engagement levels. These project’s stratified structures will be achieved sometimes buy the use of sound in the installation or the physical overlap of objects with different properties. This formation emerges from my interaction with dated or low technologies that can be quite diverse: from a typewriter to images I collect from the tube or any found object selected for its formal or physical properties as well as what it signifies and does.
From the philosophers I mentioned before I hope to extract thoughts on technology from Benjamin and Heidegger, on one hand, and engage in a contemporary understanding and deconstruction of language with Derrida and Wittgenstein (as opposites).
Historically I would have to frame my practice between Duchamp and contemporary installation artists, bearing in mind, others as diverse as Kandinsky and John Cage might sometimes be obvious references. None the less those same projects will concern writing and other subject matters which might be unrelated to those. A few of these areas that are likely to become relevant are art school (as an institution), science and subtle narratives of time and error developed through the repetition and pace of a particular action.
As one might imagine the multilayered signifiers usually bring forward the pleasure of dealing with the barely readable, the absurd or sometimes just resistance played by its different elements.

11.29.2006

11.28.2006

11.27.2006


Advert (ância)
Advert (undo)

Advert (inação)

Advert (inência)

Advert (ompor)
Advert (atisse)

Advert (ez)
Advert (uzamento)
Advert (evino)
Advert (icidade)
Advert (ugal)
Advert (úncio)
Advert (racto)

Advert (ino)
Advert (imbombo)
Advert (ropia)

Advert (únculo)
Advert (uncas)
Advert (ográfico)

Advert (adro)
Advert (unciar)

11.26.2006

11.25.2006

Machine


cinema paradiso

You have to see the director's cut

"Mariza"


Um concerto tão especial que não posso estraga-lo com palavras nem descrições para já.

Gente da minha terra

Sendo eu desses seres que preferem Alfama ao Bairro e daqueles que gostam de se perder, falar com quem passa, ir à casa de banho e ver uma janelinha para o rio, comer sardinhas junto às laranjeiras numa praça pequena e ouvir os berros da Dona Benedita para a filha enquanto as porcas das gaivotas davam um toque pseudo-poético a tudo o que ia vivendo. E nessa cidade de luz onde aprendi a pintar, a sentir os espaços, onde vivi com o mar e o rio enquanto jantava e bebia vinho com os amigos de Baco, o comboio e o castiço, relembro a dor que sentia quando triste percebi que o mundo não era feito de mais nada que não amor e que podia perder-me antes de ele vir a acontecer em mim.

Nesses momentos em que olhava o céu sem esperança, sentia uma ausência imensa, um espaço para não ser feliz e uma capacidade de entrar indiferente em festas, concertos, bares e despiques que hoje em dia já partiram. Já não sou inocente ao ponto de me rebolar no chão em público. E onde é que senti esta cidade? A primeira vez que a senti passava com os meus amigos em frente à brasileira e descia a rua em direcção ao elevador de santa justa. Senti que viajava no sítio onde nasci. Havia algo novo em Lisboa e não era um por do sol, nem um sabor fantástico na comida, era uma coisa que só encontramos quando não pertencemos a um certo sítio. Antes de partir eu já era viajante. E sentia toda a gente que ia conhecendo como uma apresentação de personagens de um filme que tinha um fim tão certo como imprevisível.

Ouvi lá Marisa e adorei. E quando voltei numas férias doridas fui a Monsanto vê-la embalar-me as lágrimas como uma ninfa camoniana do Tejo. Aprendi a gostar do fadinho, do fado, das ruelas e das avenidas. Aprendi o que era ser vadio, e o que é a ginjinha enquanto se discute e se descobrem pessoas feitas de madeira como o Herberto Hélder. Fui ao encontro de eternos retornos enquanto lia devagar mas tudo isso se transformou noutra coisa que ainda não conheci. Meti-me pelo chafariz do vinho e feiras dos sabores, encontrei clubes, caves cheiinhas de jazz só para mim e a Graça com os seus miradouros escondidos. Senti a dor de estar a voltar num avião e dizer: Home em vez de casa. Fiquei um viajante ainda mais perdido nos seus sonhos que já nem têm uma língua fixa, qualquer gesto que faça tem sempre duas medidas. Tenho saudades dos beijinhos na cara de miúdas lindas a toda a hora. Sinto falta do estilo latino, dos parques minúsculos, do cine 222 e de todas aquelas coisas horrorosas que não suportava. Adoro tudo ali na "grande" Lisboa. E é lá que vou voltar a amar e ser amado pela miúda que ainda não sei quem é, sentir amizades profundas e a minha família como senti antes mas agora para sempre e devolver tudo o que me deram de amor e juntar-me a eles.

Queria ter tudo perto de mim. Mas só tenho uma maquete pequenina dentro de mim, num peito rasgado que só queria estar nas ondas, nas rampas de relva, na Gulbenkian a apanhar sol com uma rapariga que não vou esquecer... e como é que se pode deixar de pensar se estava num sítio tão luminoso quando tudo aconteceu pela primeira vez. É uma sorte vir de onde venho. Com o laranja dos cacilheiros, os casais no cais de Belém a comer pasteis, o jardim das oliveiras no CCB onde lia as minhas cartas e aqueles beijos todos que dei num cenário de sonho. É tão bom fazer amor no verão da minha Lisboa menina e moça ao som da água do rio, das árvores de Sintra ao longe e das ideias que nos impulsionam para lá do razoável. Abracem-na vocês que eu amo e que podem estar a cada instante com ela. Amem Lisboa por mim e depois digam-me o que estou a perder porque navegar é preciso, sentir é preciso e voltar um dia também.

Royal Albert Hall

Pela primeira vez um(a) Portugues(a) tocou nesta sala que encheu completamente e comigo lá dentro a intensificar memórias e sentimentos que parecem maltratar-nos e que no entanto nos amam tanto. São forças que não vêm de um país mas de uma família - porque é isso mesmo que é ser português: ter muitos irmãos para partilhar a saudade e a vontade de partir mesmo que para isso seja preciso ficar de coração nas mãos.

Movies

Sometimes I wish I were a film
And be as good as Amelie’s purity.
Fly and share with those I lost, the love and the pain,
Like Toto does with Alfredo.
I wish I were able to find Good Will while Hunting
Or even Forest riding a bicycle.
Engaging with dreams like Waking Life
Where switches flick and nothing happens.
I just wanted to become a character in Amarcord
Believe in myself and my Best Youth.
I really wanted to have aliens for friends
And the Black Beauty with me in a desert island.
Nothing like the Smoke of an everyday photo.
Nothing like understanding Neruda’s Postman.
I only believed I was a Clock Work Orange
Before I found Shine Shining.
Never under the impression of the City of God
I have glances of innocent bits of it every day.
I Speak to Her and I try to Volver once again.
It is incredible to arrive to a city and feel the Dreamers
Hiding behind the modernist windows.
It is truly amazing to be friends with Basquiat,
To suffer with Pollock and even with Picasso.
Singing in the Rain brings me the kitsch happiness
Of falling in Love with a girl instead of Pi.
The Match Point is played in my courtyard.
The three Colours join and make me see pain again.
With my Eyes Wide Shut I keep trying to be the fugitive.
Simply images passing quickly just like our life
In front of our eyes.

11.18.2006

O homem invisivel, a mulher selvagem sentadinha no elevador, a parede preta e a parede suja


Advert (idissimo) - project 2


Advert (ência) - project 1


os cosmonautas como eu desapareceram, ouvi dizer que foi uma doença política daquelas bem contagiosas que infectou o mundo e nos deixou sós.

11.15.2006


I'm sorry I couldn't scan this one perfectly either...
Eu pareço estar sempre a cheirar merda, não gosto de homens porque só me masturbo a pensar em Jesus
uso sempre uma matraca preta e colãns rotos negros e também sei que não se devia escrever com erros nem entre linhas
This is cropped because it is too big for my scaner. The words you read above are written on the watercolour paper.

Primeira abordagem


Ilusão do frio


Os dois convivem


Geração Indigo